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07.01.2019 - RPG - A regra faz o jogo ou nós fazemos as regras?

São exatamente 5:31 da manhã;

Um pensamento sobre Adaptabilidade me veio a mente enquanto rolava infinitamente para baixo no feed de postagens do meu Facebook esta madrugada, dando de cara com uma discussão com mais de 40 respostas e comentários sobre como se joga um Role Playing Game. O assunto é RPG de mesa, pois isso se tornou uma de minhas maiores paixões durante o ano de 2018, e que amo pois é um jogo que funciona da maneira como os jogadores e o narrador/mestre/guia preferem que ele funcione, utilizando apenas boas doses de criatividade, dados, papéis, canetas e amigos.

O tema desta reflexão é o "como jogar?". Existem grupos e grupos de jogadores que optam por desenvolver campanhas centradas inteiramente em intrigas politicas, mistérios, interações e tramas sociais; outros que gostam de focar apenas na exploração do mundo e nas aventuras; e os demais são aqueles que anseiam pelos momentos de combate; Tirando estas três distinções, por fim, temos os players que se enquadram em quaisquer dois desses três arquétipos, e, finalmente, aqueles com todas as três características. Portanto, não há escassez de maneiras para se jogar.

E era aqui que queria chegar, pois após um ano inteiro de dedicação à leitura de diversos livros e videos do segmento, é fácil notar que boa parte das regras do jogo em si (D&D 5E, no meu caso) são construídas com base no que é tido por muitos - não todos, assim como eu - como o principal pilar do jogo: o combate.

Minhas visão é que este tópico tem maior necessidade de se apoiar em regras para balanceamento, combinado com a complicação de precisar de um engajamento criativo mais profundo, tanto da parte do mestre quanto dos jogadores, por exemplo ao se descrever uma batalha, um golpe mortal disferido por uma criatura, um grupo de bandidos pegos com a mão na massa, etc. Em nível de importância, as regras são mais encontradas em seguida nos momentos de exploração do mundo imaginado e, em terceiro lugar, ao interagir socialmente, visto que este é o estilo que menos depende delas para funcionar adequadamente. Basta-se interpretar.

Portanto, cheguei a conclusão de que a melhor maneira para aproveitar uma mesa de RPG de maneira saudável e divertida deve ser buscando uma jogatina da maneira que preferir, sempre. De preferência com pessoas que combinem parcial ou totalmente em gostos com você, para a utilização desses pilares, pois desse jeito não tem como dar errado. É pelo dito no inicio do texto, "Adaptabilidade", que vejo Dungeons & Dragons como um dos melhores sistemas para o incetivo da liberdade criativa: caso você não queira, não é obrigado a ficar preso as mais difundidas regras de combate. Caso queira, pode criar suas próprias regras. E em caso de dúvida? Bom... Conversar com os membros da sua mesa sempre é a melhor estratégia, mas - novamente - se for decidido e queiram, é inclusive possível se jogar sem combates. A imaginação é tudo.

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